segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Habitando o quarto ao lado

Esse texto escrevi hoje, 5 minutos antes da minha aula de microbiologia começar. Resolvi publicar pois ele reflete exatamente o que estou sentindo nesse momento caótico da minha vida.

"Aos 16, 17, 18 anos creio que sejamos altamente imaturos e influenciáveis. E não adianta dizer que você não era, pois éramos todos umas crias cheirando a talco e ainda terminando de perder nossos últimos dentes de leite (alguns já estavam tirando o aparelho, ôooo, que evoluídos!)... e porque então é exatamente nessa época que devemos tomar uma decisão tão crucial em nossas vidas?
Deve ser por isso que aos 17 escolhi fisioterapia. Não gostei. na verdade, não lembro nem porque escolhi prestar vestibular para esse curso. Depois achava que eu queria medicina. Ai céus como eu estudei, coloquei rios de dinheiro fora... não passei! Ainda bem. Hoje vejo que seguir os passos do meu amado pai não era mesmo para mim. E então, num momento de crise, após repetir para mim mesma: "MAIS UM ANO DE CURSINHO NÃOOOO!", encontrei a biomedicina. E a minha lua de mel com ela até que foi longa. Uns 4 anos contando viajens, transferências, etc e tal. Mas eis que o divórcio é eminente agora. A relação desgastou. E parece que o ponto final foi causado por uma senhora de voz grossa, que se acha conhecedora da verdade e ao ar livre, em um dos maiores parques do Brasil. Acho que ela me fez enxergar, juntamente com a chegada das cadeiras mais práticas, de que não há área nenhuma nessa profissão que me chame a atenção, que me faça ter tesão pela faculdade e gritar aos quatro ventos: NOSSA, É COM ISSO QUE QUERO TRABALHAR PRO RESTO DA MINHA VIDA!".
Como já falei, tô em crise. Ou melhor, estamos - eu X biomedicina. E essa crise veio pra ficar. Não sei mais o que quero da vida e não sei se tenho coragem de mudar. Uma mudança a essa altura do campeonato (e com 24 primaveras na cara) não sei até que ponto seria benéfica. Sem falar do sentimento de fracasso, de nunca concluir nada, de me sentir uma inútil..."

E daí a Fatchiiiinhaaaaa, professorinha da primeira sério, chegou. E meu texto ficou sem fim. Mas minha crise ganhou dimensão. Nem cabe mais dentro de mim.

Alguém tem algo a me dizer? (Além do que eu já sei, que é - PROCURE UMA PSICOÓLOGA).

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